Com foco em um diálogo qualificado, com o desafio de convergir as falas das historias de vida das alunas para a linha do tempo das conquistas frutos dos protagonismos de mulheres negras e homens negros.
No dia 28 de junho, a Turma A do Curso Dandaras, desvendou instrumentos para o enfrentamento ao racismo e sexismo por meio de marcos legais e resoluções, leis, decretos e estatutos das políticas de ações afirmativas no Brasil como conseqüência do protagonismo dos movimentos negros. “Durante a aula o foco é um diálogo qualificado, com o desafio de convergir as falas das historias de vida das alunas para a linha do tempo das conquistas frutos dos protagonismos de mulheres negras e homens negros”, afirma Lilian Conceição da Silva, teóloga feminista negra.
A disciplina focaliza os marcos legais da legislação vigente brasileira que regulamentam os direitos da população negra, bem como as estratégias para o enfrentamento ao racismo e sexismo, por parte do Estado (Resolução e Leis) e por parte da sociedade (Movimentos Sociais) numa perspectiva interseccional.
Durante a disciplina foi dada uma ênfase na voz como algo a ser utilizado, estrategicamente, como um ato de contar histórias sobre si. Pois, conforme explana a professora Lílian, “o pessoal pode se constituir como ponto de partida para a conexa entre politização e transformação da consciência”. Como, exemplo disso, foram citadas as autoras Maya Angelou, Carolina Maria de Jesus, Sueli Carneiro, Julieta Parede Carvajal, entre outras mulheres negras que usaram de sua voz, de seus pensamentos como ferramentas de luta contra as desigualdades sociais que afetam particularmente a população negra.
Texto: Maria Helena dos Santos
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