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O Curso Dandaras inicia suas aulas

Na sexta-feira (31/05) iniciaram as aulas da primeira turma do Curso Dandaras – Construindo o Pensamento Crítico e Promovendo Formação Política com Mulheres Negras no RS. O Curso é promovido pela AKANNI – Instituto de Pesquisa e Assessoria em direitos Humanos, Gênero, Raça e Etnias, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Grupo de Estudo e Pesquisa em saúde da População Negra e a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade racial do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos.


Alunas da Turma A do Curso Dandaras
Alunas da Turma A do Curso Dandaras no seu primeiro encontro de trocas de saberes, vivências e experiências. Foto: Arquivo Akanni.

O curso busca por meio da formação política e articulação de diversos segmentos de mulheres negras (principalmente quilombolas, jovens, trabalhadoras domésticas, moradoras de periferia, mulheres transexuais, lésbicas e/ou bissexuais) o fortalecimento das organizações sociais que estas compõem. Desta forma, o curso está dividido em seis módulos temáticos que visam trabalhar questões transversais entre os aspectos da História da África e Brasil Colônia, Gênero e Feminismo Negro e o papel da mulher negra na política brasileira.


No turno da manhã do primeiro encontro da Turma A do Curso Dandaras, as alunas participaram de uma dinâmica em que o foco foram seus corpos negros, atividade da aula do módulo: Cultura, Corpo e Identidade. A aula foi ministrada por Rita Rosa, graduanda do em Dança pela Universidade Estadual do Rio Grande do sul (UERGS), que pesquisa, atua e aponta seus fazeres artísticos, pedagógicos e teóricos a partir das poéticas negras da cena tradicional e contemporânea nas artes cênicas da dança especificamente. “Por meio da nossa potência oral, da capacidade de nos comunicarmos entre nós, refletimos como nossos corpos negros são atingidos ao vivenciar, dialogar e experimentar as questões que envolvem o racismo, machismo, sexismo e as lutas de classe em uma sociedade em que o corpo padrão é o corpo branco”, afirma Rita.


Já, no turno da tarde, a aula referente ao módulo Educação, Saúde e Marcos Legais das Políticas de Enfrentamento ao Racismo, ministrada por Lilian Conceição da Silva, Reverenda da Igreja Episcopal anglicana do Brasil, a proposta foi uma atividade em que as alunas explanavam umas às outras os momentos mais marcantes de suas vidas. Um momento de troca e de escuta das principais vivências de cada participante que demonstrou que a histórias individuais de mulheres negras influenciam a construção coletiva de um grupo étnico heterogêneo.




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